Desabafo de um professor de teologia

 

Prof. Calvani
Sou um professor de Teologia em crise.
Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. Tenho trabalhado como Professor em Seminários Evangélicos presbiterianos, batistas, da Assembléia de Deus e interdenominacionais desde 1991 e, tristemente, observo que nunca houve safras tão fracas de vocacionados como nos últimos três anos.
No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã.
Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas.
Sempre pergunto aos calouros a respeito de suas convicções em relação ao chamado e à vocação. Pois outro dia, um calouro saiu-se com a brilhante resposta: “não passei em nenhum vestibular e comecei a sentir que Deus impedira meu acesso à universidade a fim de que eu me dedicasse ao ministério”. Trata-se do mais típico caso de “certeza da vocação” adquirida na ignorância.
E, invariavelmente, esses são os alunos que mais transpiram preguiça intelectual.A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam “levitas”. Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem “apóstolos”.
Ultimamente qualquer pessoa que canta ou toca algum instrumento na igreja, se auto-denomina “levita”. Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios (afinal, muito sangue era derramado várias vezes por dia), além de constituírem até mesmo uma espécie de “força policial” para manter a ordem nas celebrações. Porém, hoje em dia, para os “novos levitas” basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos.
Outros há, que se auto-intitulam “apóstolos”. Dentro de alguns dias teremos também “anjos”, “arcanjos”, “querubins” e “serafins”. No dia em que inventarem o ministério de “semi-deus” já não precisaremos mais sequer da Bíblia.
Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de “progressista”. Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador. Na verdade, “saudosista” ou “nostálgico” seriam expressões melhores.
Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto.
Atualmente os chamados “momentos de louvor” mais se assemelham a show ensurdecedores ou de um sentimentalismo meloso.
Pior: sobrepujam em tempo e importância a centralidade da Palavra e da Ceia nas Igrejas Protestantes. Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do “louvor” do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Dias atrás, na semana da Páscoa comentei com um grupo de alunos a respeito da liturgia das “sete palavras da cruz” que seria celebrada em minha Igreja na 6a feira da paixão. Alguns manifestaram desejo de participar. Eu os avisei então que se tratava de uma liturgia que dura, em média, uma hora e meia, durante a qual não é cantado nenhum hino (pelo menos na tradição de minha Igreja – Anglicana), mas onde lemos as Escrituras, oramos e meditamos nas sete palavras pronunciadas por Cristo durante a crucificação. Ao saberem disso, um deles disse: “se não houver música, não há culto”.
Creio que, em parte, isso é reflexo da cultura pop, da influência da “Geração MTV”, incapaz de perceber que Deus pode ser encontrado também na contemplação, meditação e no silêncio. Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os “artistas” e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a “identidade” das igrejas evangélicas. Houve tempo em que um presbiteriano ou um batista sabiam dar razão de suas crenças.
Atualmente, tudo parece estar se diluindo numa massa disforme. Trata-se da “xuxização” (“todo mundo batendo palma agora… todo mundo tá feliz ? tá feliz!”) do mundo evangélico, liderada pelos “levitas” que aprisionam ideologicamente os ministros da Palavra. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão – cativos da cultura gospel.
Tenho a impressão de que isso tudo é, em parte, reflexo de um antigo problema: o relacionamento do mundo evangélico com a cultura chamada “secular”. Amedrontados com as muitas opções que o “mundo” oferece, os pais preferem ter os filhos constantemente sob a mira dos olhos aos domingos, ainda que isso implique em modificar a identidade das Igrejas. E os pastores, reféns que são dos dízimos de onde retiram seus salários, rendem-se às conveniências, no estilo dos sacerdotes do Antigo Testamento.
Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, as “folias de rei”, os cinemas, bares, danceterias etc. Assusta-me o fato de que o desenvolvimento dessa sub-cultura “gospel” torne o mundo evangélico tão guetizado que, se um dia, realmente os evangélicos tomarem o poder na sociedade, venham a desenvolver uma espécie de “Talibã evangélico”. Tal como as estátuas do Buda no Afeganistão, o “Cristo Redentor” estará com os dias contados.
Esses jovens que passam o dia ouvindo rádios gospel e lendo textos de duvidosa qualidade teológica, de repente vêm nos Seminários uma grande oportunidade de ascensão profissional e buscam em massa os seminários. Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos.
Em um seminário em que trabalhei (de outra denominação), os colegas diziam que a Igreja, em breve teria problemas, pois o crescimento da Igreja não era proporcional ao número de jovens que todos os anos saíam dos Seminários como bacharéis em teologia, aptos para o exercício do ministério.
A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores?Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. Foi então que um colega, bastante sábio, retrucou: “Eles não querem. Recusam-se! Querem as Igrejas grandes, já formadas e estabelecidas, sem problemas financeiros”.
De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes “à capella” e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som.
Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino.

 

Published in: on 18 de junho de 2011 at 17:27  Deixe um comentário  

A música nos encontros de jovens e retiros

 Vou dar 10 dicas de como deve ser postura e alguns cuidados que o Musico deverá ter nestes eventos. Dicas com base na revista “Em cantar-revista de canto pastoral n°1-Zé Martins”

1.  Nunca cantar para reunir ou para silenciar os participantes.

Neste caso deve-se usar uma sineta ou um CD de música instrumental. Melhor seria usar o microfone e dizer claramente ao grupo que o encontro já está retornado.

2.  Os cantos devem refletir a temática do encontro.

A escolha das músicas e muito importante, devem estar dentro do tema do encontro ou retiro.

3.  Deve-se cantar sempre que retomar o encontro.

Nos encontros deve-se cantar muito. Sempre que se retomar uma atividade ou outra, canta-se para o grupo se alegrar, animar, se predispor à reflexão.

4. Canto é instrumento de animação e reflexão.

Sem o canto o encontro fica morto. Por isso utilize de ritmos animados que podem ser dançados, uma dica são as danças circulares. Não se deve cantar por cantar. A música é um instrumento de reflexão e fixação do conteúdo do encontro, caso seja possível, peça ao grupo que repita uma palavra ou frase da música.

5. Prever tempo no esquema do encontro para cantar.

O canto e uma das dinâmicas mais importantes do encontro, por isso, não o substitua ou suprima por questões de atraso.

 6. Preparar material para todos.

Prepare livros de cantos bonitas, atraentes e em número suficiente para os participantes.

7. O canto tem que refletir a realidade do grupo.

O canto deve sempre expressar a realidade local. Tem que estar ligada com a cultura do povo, com ritmos que ele mais gosta. Evite músicas em língua estrangeira e de difícil diquição.

8. O canto não deve ser improvisado.

Ensaios são fundamentais, não reúna o grupo em cima da hora e ensaie muito. Tire as dúvidas com antecedência. Tenha sempre a letra da música em mãos e cifrada para quem toca.

9. Equipamento de som.

Não tente cantar para 100 pessoas só no “gogo”, para isso existe o amplificador. Use-o corretamente, no volume adequado. O som dos instrumentos ou da voz não deve suplantar a voz dos participantes. Organize tudo com antecedência para não ocorrer imprevistos.

 10.  O canto e um encanto.

Para os vocalistas; não cante mais alto que os participantes, dêem oportunidade para todos cantarem. Para os instrumentistas; deixe o instrumento mais baixo, entrosamento é necessário e afine tudo antes do evento. Cante com o coração, faça os participantes sentirem esssa experiência também.

Published in: on 24 de abril de 2011 at 15:08  Deixe um comentário  

ArrAnjos

 Quem nunca ouviu a música Ana Julia do Los Hermanos? Bom após um tempo sem ouvi-los por vários motivos (que não vem caso), conheci por acaso uma outra música deles muito bacana, O Vencedor, o que mais gostei foi o arranjo, é simplesmente muito cativante, vocês tem que ouvir. Encontramos muitas músicas comerciais, quando você aprende a falar o nome do vocalista ele já está em outra banda ou não é mais sucesso. As músicas passam rápidas demais, se você tampa o ouvido já perdeu a música do momento. Mas, para os ouvintes da boa música, aconselho a clicar abaixo e ouvir agora.

http://www2.uol.com.br/loshermanos/

 

 

Published in: on 5 de janeiro de 2011 at 17:40  Deixe um comentário  

Mas é preciso ter força é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre.

 

Milton Nascimento

Por: César Augusto

Oi para todos como está força?! Nesta semana participei de uma gincana em uma paróquia vizinha, fui jurado. Uma das provas era encenar a passagem bíblica que fala das bodas de caná. E analisando a encenação dos grupos lembrei (com ajuda da Marilza) de uma música, mas para entendermos o porquê tenho que explicar o contexto.

Alguns grupos da gincana encenaram segundo a época de Jesus, com vestes típicas e tudo mais, mas o que chamou a atenção foi a festa, nunca vi uma festa “tão morta” e a caracterização de Jesus e Maria, Jesus parecia um monge e Maria com uma voz tão singela e suave. Outro grupo foi mais criativo, audacioso e contextualiza,colocou música (era uma festa), pessoas falando alto (terceiro dia de festa) e Maria chama Jesus com voz forte e fala que está na hora, e Jesus cauteloso e certeiro.

 E a música? Bom, lembrei da música Maria, Maria de Milton Nascimento, que fala de uma Maria forte e lutadora que é preciso ter raça, gana e ter sonho e graça sempre. Segue a letra para vocês…

 MARIA, MARIA

 Milton Nascimento

 Maria, Maria é um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta,

 Uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta.

Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor, é a dose mais forte, lenta de uma

gente que ri quando deve chorar e não vive, apenas agüenta. Mas é preciso

ter força é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre. Quem traz no corpo a

marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria. Mas é preciso ter manha, é

preciso ter graça, é preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca

possui a estranha mania de ter fé na vida.

Published in: on 6 de novembro de 2010 at 18:46  Deixe um comentário  

(Final)

 “Quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver” (Final) 

 Osvaldo Montenegro 

 Por: César Augusto   

 Olá para todos ! Andei sumido, muito trabalho, escola e atividades pastorais, mas vamos continuar, como se diz por aqui “mineiro não perde o trem”.   Tenho uma preocupação na fala do jovem “esta música não é de Deus”, sempre gostei das músicas do Renato Russo, Herbert Viana, Samuel Rosa e outros, e agora quando descubro uma vocação pastoral falam que tais músicas não são de Deus, algo está errado e confuso. 

  Analisando depois com calma as músicas que sempre ouvi, notei que raramente falam a palavra “Deus”, mais elas cantam a amizade, amor, comunidade, desigualdade, perseverança e fé, se estas músicas falam de tudo isto, então elas dizem “Deus”. 

  Sempre gostei de tocar violão nas missas, grupo de jovens e encontros de grupos de jovem. Atualmente estou participando de uma banda de rock chamada Baruc, tem pouco tempo de formação e até final do ano posto alguma música da banda para vocês ouvirem.   

 Bom, chegamos ao fim, espero que comentem e vai uma música bem legal para vocês. Até! 

 

Milton nascimento.

Quem sabe isso quer dizer amor 

Cheguei a tempo de te ver acordar

Eu vim correndo a frente do sol

Abri a porta e antes de entrar

Revi a vida inteira

Pensei em tudo que é possível falar

Que sirva apenas para nós dois

Sinais de bem, desejos de cais

Pequenos fragmentos de luz

Falar da cor dos temporais

Do céu azul, das flores de Abril

Pensar além do bem, do mal

Lembrar de coisas que ninguém viu

O mundo lá sempre a rodar

Em cima dele tudo vale

Quem sabe isso quer dizer amor

Estrada de fazer o sonho acontecer

Pensei no tempo e era tempo demais

Você olhou sorrindo para mim

Me acenou um beijo de paz

Virou minha cabeça

Eu simplesmente não consigo parar

Lá fora o dia já clareou

Mas se você quiser transformar

O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar

Aonde nasce a fonte do ser

E perceber meu coração

Bater mais forte só por você

O mundo lá sempre a rodar

Em cima dele tudo vale

Quem sabe isso quer dizer amor

Estrada de fazer o sonho acontecer

Eu simplesmente não consigo parar

Lá fora o dia já clareou

Mas se você quiser transformar

O ribeirão em braço de mar

Você vai ter que encontrar

Aonde nasce a fonte do ser

E perceber meu coração

Bater mais forte só por você

 

PARTE II

“Quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver”    

Osvaldo Montenegro

Por: César Augusto

Olá gente boa, vamos continuar a nossa conversa. Após a fala dos jovens sobre a música falei: vamos então analisar a letra da música, primeiro, podemos ver o contexto geral, uma banda de Belo Horizonte, de pop rock e a letra não é obscena ou feri a moral e a religião. Podemos notar também a primeira parte que diz “Será que todo dia vai ser sempre assim?” e após uma estrofe a música diz “Que bom que todo dia vai ser sempre assim!”.

 Dentro deste contexto e com algumas outras falas dos jovens presentes, começamos a perceber a relação desta música com a mística de Samaria, quando Jesus encontra a samaritana no poço e a partir da primeira experiência o poço se torna fonte.

 Aqueles jovens do começo da história começaram a ter outra visão da música e, depois de um debate coloquei novamente a música e todos cantaram. Sobre a minha preocupação na fala do jovem “esta música não é de Deus” vai ficar para a próxima coluna.

 Enquanto isso vocês podem curtir a música do Jota Quest – Sempre Assim.

SEMPRE ASSIM – Jota Quest

SEMPRE ASSIM -7:15 eu acordo e começo a me lembrar

do que ainda não me esqueci do que tenho pra falar

Todo dia é assim, Tempo quente, pé na estrada

Tô seguindo o meu caminho Já parti pro tudo ou nada

Será que todo dia vai ser sempre assim?

Será que todo dia vai ser sempre assim?

Quero iniciativa e um pouco de humor

Pra peleja da minha vida Ser feliz, se assim for

Tô correndo contra o tempo e agora não posso parar

Por favor, espere a sua vez Certamente ela virá

Será que todo dia vai ser sempre assim?

Será que todo dia vai ser sempre assim? (

Nessas horas, eu me lembro Com saudades de você

Dos amigos que ainda não fiz E de tudo que ainda há

Tô fazendo a minha história E sei que posso contar

Com essa fé que ainda há me faz Otimista até demais

Que bom que todo dia vai ser sempre assim!

Que bom que todo dia vai ser sempre assim!

Será que todo dia vai ser sempre assim?

Será que todo dia vai ser sempre assim?

Que bom que todo dia vai ser sempre assim

Jota Quest

 

 

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Quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver

Bom dia a todos, sou César Augusto da PJ da Arquidiocese de Belo Horizonte, moro na cidade de Betim-MG e participo de grupo de jovens há 6 anos.  Durante um tempo um irei escrever para vocês  no Blog. Espero que gostem e qualquer coisa é só comentar.

 

“Quantas canções que você não cantava hoje assobia pra sobreviver”

 Osvaldo Montenegro

Por: César Augusto

       Para este primeiro encontro vou falar um pouco das canções tocadas nos grupos de jovens.

      Toco violão já algum tempo e sempre levava-o para animar os encontros, “luau”, nas missas… nos encontros cantávamos Legião, Titãs, Engenheiros do Havaí, Capital inicial, Cássia Eller, Zé Ramalho bom, no geral eram essas, era bem animado todo mundo cantava. Tentávamos  tocar, éramos os “inimigos do Ritmo”.

            Nesses últimos dois anos tenho participado de vários encontros de grupos de jovens, formações paróquias, forânicas e da arquidiocese e venho observado uma mudança nas músicas e nos cantores que os jovens dos grupos estão ouvindo e isto está preocupando-me. Um exemplo pratico foi uma assessoria na  paróquia vizinha, iria falar de Espiritualidade e mística, começando o encontro coloquei a música “ Sempre Assim”  do Jota Quest e passei a letra impressa para cada um, percebi que alguns cantavam e a maioria nem olhava para a letra, no final da música pedi que cada um fala-se a parte que mas chamou  à atenção e alguns falaram que aquela musicas não era de Deus e não tinha nada de bom.

            Bom, esta historia terá continuação no mês que vem, queria deixar com vocês uma música do Osvaldo Montenegro – A Lista, abaixo está a letra e o áudio, escutem e comentem a parte que vocês mais gostaram.           

A LISTA – Osvaldo Montenegro

 Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia

Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora

Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas mentiras você condenava

Quantas você teve que cometer

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você

Quantas canções que você não cantava

Hoje assobia pra sobreviver

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você.

Audio

 

Banda NOSTREIS

Historia da banda 

 http://bandanostreis.blogspot.com/

Fundada em fevereiro de 2007 em Betim – MG por Júlio Rabelo, Willian Sorriso e Tiago Henrique; a Nostreis possui letras compostas por seus integrantes e um som cativante inspirado no rock nacional. O primeiro disco demonstração da banda, contendo 12 faixas, foi lançado ainda em 2007 repercutindo na internet de tal modo que o grupo foi convidado a participar da Revista GRC Rock (de São Paulo – SP). Em 2008, Guilherme Kenner e Juninho el Toru passaram a integrar a Nostreis, que lançou o primeiro disco oficial, contendo 6 canções, entre elas, Drummond, uma obra literária adaptada e musicada, que obteve reconhecimento oficial do Copyright Carlos Drummond de Andrade, sob autorização da Paradise Records (Rio de Janeiro – RJ).

 Em 2009, com o bom êxito do disco comentado, a banda iniciou uma série de apresentações, chamando também a atenção da mídia local, com isso, participaram de duas entrevistas que foram ao ar pela TV Betim, tendo incluído uma pequena cobertura do show na 20ª Feira da Paz.

No segundo semestre, Gustavo Braz assumiu os teclados da banda. No ano de 2010 a Nostreis lança o disco – Um pouco mais legal – contendo 10 faixas de autoria do grupo. Assim, determinados a conquistar o grande cenário musical do Brasil e intencionados em uma carreira repleta de shows, com ascensão, permanência na mídia e principalmente na conquista de seus ouvintes, a banda Nostreis se mostra promissora e confiante para se inserir juntamente com os grandes nomes da música nacional e internacional.

Published in: on 20 de maio de 2010 at 20:43  Comments (1)  

ROCK BRASILIS ORIGINARIUS!!!!!!!!!!!!!

ROCK BRASILIS ORIGINARIUS!!!!!!!!!!!!!

 Com Edie Shibumi

http://betimcultural.blogspot.com/

Os anos 80 ficaram, erroneamente, conhecidos como “A década perdida”. É possível que isso tenha sido resultado da decepção da geração que lutou contra a ditadura e não viu a “utopia” de um país mais justo acontecer. É verdade que as mudanças sociais, econômicas e políticas não vieram na forma ou velocidade desejada, mas no âmbito cultural (leia-se musical) a década de 80 ficou marcada como o momento em que o rock nacional “invadiu a praia” da música popular brasileira. Os festivais de música alternativa e o circo-voador abriram as portas para bandas e artistas que traziam em letras cheias de ironia e acidez toda a revolta e os questionamentos de “uma molecada” para quem a MPB ainda não havia dado voz. Aborto Elétrico (Legião Urbana), Camisa de Vênus, Ira, RPM, Capital Inicial, Plebe Rude, Titãs, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Lobão e os Ronaldos, Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Biquíni Cavadão, Engenheiros do Hawaii, Nenhum de Nós, Barão Vermelho, Metrô, Blitz, Marcelo Nova, Edgar Scandurra, Nasi, Eduardo Duseck, Léo Jaime, João Penca, kid Vinil, foram os porta vozes da “geração 80”. Introduzidos nesse novo estilo de composição que aliava inteligência e um extremo bom humor por artistas como Raul Seixas, Zé Ramalho, Belchior, entre outros, estes jovens marcaram a história da música brasileira e a vida das pessoas que viveram aqueles anos conseguindo, muitos deles, ultrapassar os limites da década de 80. Alguns se foram e muitos desapareceram tragados por uma indústria mercenária que determina o que é sucesso. Porém, muitos dentre os citados conseguiram se manter até os dias de hoje nas paradas de sucesso, ano após ano, lançando trabalhos novos e melhores. Esses moleques que hoje são senhores(as) entre 40 e 55 anos foram os precursores do “furacão” que se chamou Rock Nacional, um movimento cultural que abalou as estruturas da MPB e que, infelizmente nos dias de hoje, se transformou em uma “brisa leve” chamada Pop Rock!!! Mas não pensem que o gigante está morto, pois de vez em quando ele desperta e se espreguiça……….. Vida longa ao Rock Nacional!!!!!

Published in: on 6 de maio de 2010 at 2:09  Deixe um comentário  

SOBRE MÚSICA 07

SOBRE MÚSICA 07

Tiago Henrique http://tiagohenrique.blogspot.com)

Levitemos, a música está ao nosso redor. Quando ouço uma bela canção, isso tem o poder de mudar meu dia. Vou andando de acorde em acorde e me desperto para a beleza da vida, os arranjos que compõe os detalhes de um detalhe, o todo, a parte. A música nos leva a estados e sentimentos que muitas vezes estão adormecidos em nosso cotidiano. A capacidade de encantar é sublime, e o melhor de tudo: tocar no íntimo de um desejo, de uma lembrança, uma história. Quero dormir ao som da melodia mais bela, quero me debruçar nos versos do amor, descobrir o que se esconde por vezes no céu de cada instante. Apreciar canções. Que a sensibilidade esteja na escolha de cada audição que o mundo faz.

Published in: on 21 de abril de 2010 at 3:29  Deixe um comentário